As placas com a indicação da qualidade das águas do Ribeirão Sobradinho, impróprias para banho e consumo, estão sendo derrubadas por vândalos. Em sete meses de instalação, parte da sinalização localizada próximo a um restaurante rural, no Condomínio Mansões Entre Lagos, já foi derrubada pela terceira vez. O ato irresponsável adquire proporção maior quando o popular desavisado usa a água das cachoeiras e se contamina.
A instalação das placas é uma antiga reivindicação da sociedade local. Por receber o lançamento de efluentes da Estação de Tratamento de Esgotos de Sobradinho e o despejo irregular de dejetos de condomínios locais, a qualidade da água do Ribeirão Sobradinho é ruim, e nem o mau cheiro consegue afastar usuários incautos.
O presidente do movimento SOS Ribeirão, Raimundo Pereira Barbosa, condena o que chamou de cultura do vandalismo no Distrito Federal. “A gente faz um trabalho de conscientização junto à comunidade local, mas não tem sido suficiente. O vandalismo é cruel”, afirmou Barbosa, ao lembrar que o custo para a sinalização foi alto, pago com dinheiro público.
A confecção e instalação das placas partiu de decisão da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) depois de identificar que pessoas que tomavam banho nas cachoeiras contraiam doenças. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) foram parceiros nessa implantação. Ao todo, foram confeccionadas 10 placas, sendo cinco relacionadas à educação ambiental e outras cinco sobre a qualidade da água do Ribeirão Sobradinho, instaladas próximo às cachoeiras, dentro do Condomínio.
O Ribeirão Sobradinho é classificado como nível 3, no enquadramento de padrões de qualidade dos corpos de águas superficiais do DF. A meta, até 2030, é fazer com que o ribeirão atinja níveis satisfatórios de consumo e lazer, por meio de técnicas de tratamento avançado.