Em quatro dias de fiscalização no Lago Paranoá, como parte do programa Lago Limpo, realizado todos os anos, os técnicos da Adasa e da Polícia Militar Ambiental, encontraram 53 interferências (09 lançamentos/drenagem e 44 captações). Até a tarde de amanhã (quinta-feira, 17/09), os fiscais devem concluir o mapeamento com as coordenadas, que identificarão os responsáveis pelas interferências.
A fiscalização das bordas do lago foi feita por dois grupos de técnicos utilizando barcos do Pelotão Lacustre da PM-DF. As irregularidades foram identificadas no GPS e fotografadas.
Segundo a reguladora da Superintendência de Recursos Hídricos da Adasa, Simone Rodrigues, os usuários identificados receberão notificações; quem já foi notificado anteriormente e não cumpriu a determinação de retirar os aparelhos, estarão sujeitos a advertência ou multa.
Todos os usuários flagrados receberão junto com a notificação as provas indicando as irregularidades, exigindo a imediata retirada das mangueiras e que enviem, em resposta à notificação, provas de que cumpriram a exigência. Aqueles que não atenderem os termos da notificação incorrerão em outros atos da fiscalização (advertência, multa e embargo).
Em julho deste ano, fiscais da Adasa detectaram que, das 52 residências que ainda apresentavam pendências sobre o uso irregular da água do Paranoá, apenas seis continuam mantendo suas captações. Destas, 16 não foram vistoriadas por vários motivos: moradores impediram, estavam desabitadas ou à venda. A maior parte dos proprietários que receberam as notificações da Adasa ano passado haviam desativado suas captações e muitos já preencheram o pedido de licença para perfurar poços.
A busca por atividades irregulares no Paranoá (captação ou lançamentos) foi iniciada em 2013, quando foram detectadas 174 interferências (18 lançamentos/drenagem + 156 captações). Em 2014, 139 interferências (21 lançamentos/drenagem + 118 captações) e, este ano, 53 interferências (09 lançamentos/drenagem + 44 captações).