A modernização do setor elétrico com o avanço das novas tecnologias e os temas em análise para a regulação nos próximos anos foram abordados pelo diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone, nesta quarta-feira (28/7) ao participar do webinar “A agenda regulatória do setor da energia em 2021: cenário europeu e brasileiro”, promovida pela Universidade Católica de Lisboa. “A inserção dessa modernidade e das novas tecnologias na nossa matriz está sendo induzida pelo regulador”, garantiu.
Entre os itens da Agenda Regulatória 2021/2022 da Aneel, Pepitone destacou as adequações para implantar usinas híbridas e para inserção de sistemas de armazenamento, além de projeto-piloto de Resposta da Demanda, que trata da redução do consumo de unidades previamente habilitadas, como alternativa ao despacho termelétrica fora da ordem de mérito.
Também lembrou do início do processo de abertura de mercado, que dará ao consumidor residencial a escolha da distribuidora de energia. “Isso privilegia a liberdade econômica e reduz o intervencionismo governamental no mercado. Faremos com respeito aos contratos”, acentuou o diretor-geral.
Pepitone afirmou que o Brasil tem 86% da potência instalada em usinas com energia limpa e renovável. “Nos últimos 20 anos, fizemos um forte trabalho para diversificar a matriz e diminuímos bastante a dependência das hidrelétricas, mas não perdemos o foco na matriz renovável. Foram introduzidas usinas eólicas, energia solar e também as térmicas, cabendo ressaltar que um terço destas são limpas, tendo como combustível o bagaço de cana de açúcar”.
O diretor-geral destacou aos especialistas brasileiros e portugueses presentes ao evento que a atuação da Agência, ao longo do tempo, já viabilizou mais de R$ 1 trilhão de investimentos, em geração, transmissão e distribuição.