O Diretor-Geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone, presidente da Associação Ibero-americana de Entidades Reguladoras da Energia (Ariae) abriu nesta segunda-feira (12/7) o seminário “ODS 7 na Ibero-América. Alcançando a última milha: energia acessível, segura, sustentável e moderna para todas as pessoas”. Organizado pela Ariae, o evento lançou estudo sobre o acesso universal à energia nos 20 países que integram a associação, de acordo com o a parâmetros estabelecidos pelos Objetivos do Milênio definidos pelas Nações Unidas.
Pepitone, com a presidência da Ariae prorrogada até 2022, iniciou destacando aos países ibero-americanos a importância do estudo recentemente publicado. “Avaliamos com rigor acadêmico as conquistas dos países de nossa região no cumprimento das metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, especialmente no que se refere à garantia do acesso universal aos serviços de energia, com atenção especial ao impacto da crise da Covid-19”, anunciou.
A pesquisa traz, entre outras informações, uma análise das linhas de ação de longo prazo que podem inspirar medidas a serem adotadas pelos entes reguladores da Ariae para a reativação econômica de seus países. Informa, entre outros dados, que a região atingiu um nível de cobertura de 98%, o que aponta a necessidade de fornecimento de energia elétrica a cerca de 12 milhões de pessoas – 90% delas em zonas rurais e periurbanas.
Ao destacar o desafio para universalização do serviço, Pepitone propôs linhas de ação prioritárias: alcançar a última milha; ir além do serviço básico; garantir o fornecimento dos serviços públicos; garantir a confiabilidade do acesso e inovar no acesso à energia. “O que acredito ser mais importante a esse respeito é abordar como a inovação pode se tornar uma alavanca para acelerar a obtenção do acesso universal à energia”, disse.
O diretor-geral da Aneel lembrou, ainda, a tendência atual de os reguladores de energia expandirem seu papel e entrarem em uma nova área de colaboração mais próxima e fundamental com seus governos. “Essa colaboração ampliada de reguladores de energia com seus governos nos permite ter uma troca de dados mais detalhada e assessoria técnica para a tomada de decisões objetivas sobre novos modelos econômicos e a necessidade de respostas emergenciais geradas pela pandemia”, disse.
“O mais relevante aqui é apontar que o monitoramento contínuo dos mercados e a maior coordenação entre os atores durante a pandemia têm destacado a autonomia dos reguladores e seu papel decisivo na economia”, concluiu.