Os 35 produtores rurais da bacia do Rio Preto, em Planaltina- DF, que usam as águas do córrego Barro Pretos para irrigação, têm que se adequar às normas da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal – ADASA para o uso dos recursos hídricos até abril, quando começa o período de estiagem.
Na seca, com a diminuição da oferta de água, os grandes produtores, que utilizam pivôs para irrigação, vêm sendo responsabilizados pela falta de água nos pequenos canais que abastecem as chácaras menores.
Em reunião com os produtores rurais e dirigentes do Comitê de Bacia do Rio Preto, ontem (14), na sede da COOPADF, os técnicos da ADASA Hudson de Oliveira, Monica Caltabiano, Pablo Serradoura e Vitor Marques – buscaram uma solução conciliatória para o problema que envolve pequenos e grandes produtores.
Ficou acertado que os que se utilizam mais intensamente da água devem adequar as estruturas de captações às determinações das outorgas, que estabelecem a quantidade que pode ser captada; e, os que captam menor quantidade devem criar uma associação para gerir o consumo e compartilhar o uso da água.
Estudos feitos pela ADASA indicam que, na região, não há falta de água, mesmo no período da seca. O que se observa é a má gestão do recurso: os maiores consomem mais do que deviam, captando diretamente no córrego, sufocando a capacidade de obtenção da água pelos pequenos chacareiros; esses, por sua vez utilizam para captações canais rudimentares, em desacordo com as normas, sem a manutenção adequada e com alta perda.
Há vários meses, na busca de solução para os conflitos observados na região, a Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) da ADASA promoveu campanha de conscientização orientando os usuários a se associarem para regularização das captações. Segundo o Coordenador de Fiscalização de Recursos Hídricos Hudson Rocha, a SRH, a ADASA sempre adota uma postura educativa para resolver situações de conflitos.
“A Agência busca uma solução que atenda aos interesses de todos. Algumas vezes, o problema está na forma de gerir o recurso e não na escassez dele. As captações não autorizadas e o desrespeito ao instrumento de outorga geram a má distribuição da água, causando conflitos”, explica Rocha.
Os membros do Comitê de Bacia do Rio Preto se comprometeram a acompanhar o desenvolvimento das ações propostas e arbitrar os conflitos que surgirem. A primeira providência a ser tomada pelos usuários que ainda se encontram com suas captações irregulares será procurar a ADASA para a devida regularização. Eles têm 30 dias para tomar as providências devidas. Após este período, o Comitê pode adotar algumas sanções previstas.
Fonte: Assessoria de Comunicação/ ADASA