O engenheiro Marcos Helano Fernandes Montenegro, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental e Regulador de Serviços Públicos da ADASA e Thiago Faquineli Timóteo, Bacharel em Gestão Ambiental, assinaram artigo publicado na Revista Brasília em Debate, da Codeplan, sobre “Planejamento regional de Resíduos sólidos na Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno”.
O trabalho apresenta um modelo de otimização da alocação de cargas de resíduos sólidos urbanos em sistema regional de transbordo, transporte e disposição em aterro sanitário com até três aterros regionais recebendo rejeitos gerados por 51 localidades.
O modelo objetiva a minimização dos custos do sistema e foi desenvolvido utilizando metodologia de programação linear com algoritmo LP Simplex do suplemento Solver do Microsoft Excel 2010.
São entradas do modelo: as cargas diárias de rejeitos provenientes de cada localidade; as distâncias de transporte rodoviário entre cada uma delas e os aterros sanitários; as capacidades máximas e mínimas diárias de processamento de rejeitos dos aterros sanitários; os custos unitários de transporte e de transbordo; os custos unitários de aterramento e a distância máxima entre uma localidade e um aterro que permita a descarga direta dos caminhões de coleta no aterro.
A minimização da função de custo total permite obter os seguintes resultados: as cargas diárias em cada aterro lançadas diretamente ou por meio de transbordo, o(s) aterro(s) para onde se considera destinar os rejeitos coletados em cada localidade, o custo total e suas parcelas: de disposição final em cada aterro; de transbordo e de transporte, bem como o custo unitário médio.
O modelo foi testado, usando preços hipotéticos, no planejamento regional do transbordo, transporte e disposição em aterro sanitário de RSU na região compreendida pelo Distrito Federal e 20 municípios de Goiás que integram a RIDE, abrangendo território com população total de 3,6 milhões de habitantes.
O modelo revelou-se uma ferramenta útil e ágil, permitindo avaliar variações do custo total decorrentes de alterações no número e no posicionamento dos aterros regionais e das unidades de transbordo, bem como de outras restrições (a exemplo da capacidade operacional dos aterros) e, assim, quantificar os custos relevantes para a tomada de decisão.
Fonte: ADASA