A unidade hidrográfica do rio Pipiripau apresenta situação crítica quanto à disponibilidade hídrica em certos meses do ano (julho a setembro), quando não produz água suficiente para atender à demanda. Esta é uma das conclusões da varredura nos 40 pontos de controle dos corpos hídricos das unidades hídricas do DF realizada por técnicos da Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) da ADASA, para estudar a quantidade e a qualidade das águas.
Para evitar conflitos entre usuários e prejuízos ao meio ambiente, será preciso que todos os usuários sejam cadastrados, realizados estudos do comportamento hídrico do rio mês a mês (levando em consideração séries históricas) e, finalmente, dividir de forma equânime a água entre todos os usuários.
Outro ponto preocupante é o Córrego 15, no Vale do Amanhecer, onde existe uma captação da Caesb, e foram detectadas 47 propriedades que interferem na disponibilidade hídrica. Os técnicos observaram ainda que a maioria dos usuários recolhe a água do córrego sem autorização, isto é, não dispõem de outorga da ADASA.
Durante a varredura, os fiscais da SRH notificaram todos os proprietários de chácaras da necessidade de regularizarem imediatamente suas captações sob pena de serem multados e, no período em que há menos água, ficarem impossibilitados de promoverem captações.
A análise completa das condições hídricas de cada unidade só será finalizada e disponibilizada à sociedade no final do ano, afirma Hudson Rocha de Oliveira, coordenador do trabalho. Ele explica que, a primeira parte do trabalho, realizada no período das chuvas, apresentou um panorama satisfatório quanto à oferta e uso da água em todos os pontos. Cenários tendenciais diferenciados serão monitorados a partir de agora para prevenir que, neste período de estiagem, ocorram situações de conflitos e falta de água, salienta.
Segundo Hudson, os dois grandes objetivos do trabalho são promover o controle quali-quantitativo dos recursos hídricos superficiais do DF e garantir a entrega da vazão mínima e de concentração máxima de poluentes na transição de corpos hídricos de uma unidade para outra.
Fonte: Assessoria de Comunicação/ADASA