ADASA- Comitês de Bacia avaliam propostas de enquadramento para rios do DF

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Os membros dos Comitês de Bacias do Paranoá, Preto e Maranhão, após analisarem as propostas do Plano de Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos (PGIRH) em relação ao enquadramento dos corpos hídricos, vão encaminhar ao Conselho de Recursos Hídricos do DF, via ADASA, proposta de nova classificação segundo os usos pretendidos para cada rio.

Segundo a bióloga Camila Campos, Coordenadora de Informações Hidrológicas da Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) da ADASA, a tomada de decisão sobre o futuro da qualidade das águas que se pretende para cada corpo hídrico exige o estabelecimento de metas a serem obrigatoriamente alcançadas.

O enquadramento é o estabelecimento de objetivos futuros de qualidade de água na bacia. Isto é feito com base no conhecimento da situação atual da qualidade da água e os usos realizados, bem como os futuros usos pretendidos, além dos esforços financeiros necessários para se alcançar as metas propostas, justificou Camila.

Segundo estabelece a Lei das Águas (nº 9433/97) o enquadramento dos corpos hídricos visa assegurar às águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinados, e a diminuição dos custos de combate á poluição, mediante ações preventivas permanentes.

Melhora na qualidade

A proposta de enquadramento do PGIRH levou em consideração a divisão, na região do DF, em 40 unidades hidrológicas; os resultados do monitoramento da qualidade da água pelas redes da ADASA e da Caesb; os resultados de previsões para a qualidade das águas considerando todos os lançamentos de efluentes das estações de tratamento  (ETEs) nos cenários atuais e futuro; e, a presença de núcleos urbanos.

Analisando a situação de cada corpo hídrico, os membros dos Comitês de Bacia decidiram sugerir mudanças no enquadramento de alguns corpos hídricos. Na bacia do Paranoá, os membros admitem melhorar a qualidade das águas mesmo em rios que atualmente se encontram bastante impactados pela poluição.

Na bacia do Maranhã, os membros irão propor a mudança de um rio enquadrado na classe 1 para a classe 2, levando em consideração a qualidade atual da água e dos usos predominantes da bacia.

As modificações propostas serão apresentadas, no caso dos rios distritais, ao Conselho de Recursos Hídricos do DF; quanto aos rios federais, as sugestões serão encaminhadas aos respectivos comitês federais.

Para Camila Campos, esse arranjo da qualidade das águas dos rios é de vital importância para o direcionamento de ações preventivas e das fiscalizações sobre a qualidade das águas. Lembra, ainda, que todas as ações exigem definição de metas, investimentos e, principalmente, a participação da população, também responsável –por seus hábitos e ações- pela manutenção da qualidade das águas.

 Com o objetivo de garantir ações de melhoria na qualidade das águas no DF, a ADASA propôs aos Comitês o estabelecimento de enquadramento de todas as nascentes como classe especial ou 2, levando em consideração sua importância socioambiental.

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação/ADASA